Tarde de Abril
Era dia.
Você e eu,
Em sintonia,
Como Julieta e Romeu.
Estava perto,
O seu cheiro impregnado.
Os nossos corpos cobertos.
Por beijos calados.
Estava à sua frente,
O mais bonito horizonte.
E foi então, de repente,
Que percebemos aquele monte.
Segurou a minha mão,
Não havia como parar.
Qualquer tentativa seria em vão,
De no monte não topar.
O barco agitado,
O toque duro e frio.
Sem palavras, sem ditados.
Nossa última tarde de abril.
As palavras não proferidas,
O calor esvaindo-se do seu corpo.
Em em meu coração estavam contidas,
As memórias de um pulsar morto.