Há momentos em que me sinto como se eu fosse um funâmbulo. Sabe,
aqueles acrobatas que andam por cima das cordas em busca do equilíbrio
perfeito. Há situações em que me encontro tão sem saída ou hesitante que pareço
estar na ponta de um alto prédio, e
de onde estou posso ver uma corda estendida à outra ponta, levando a outro
prédio. A altura é absurda, o medo é maior e as forças se esvaem, simples
assim. Falta coragem e falta motivação. E quando a situação é pior — sim,
sempre dá para piorar — no prédio em que estou, quando olho para trás, vejo um
tigre. Um tigre grande e robusto, rosnando para mim como se eu fosse a melhor
refeição que ele já encontrou em sua vida. E o que fazer em situações assim?
Como seguir em frente se parece já não haver mais saída? Arriscar é a resposta. São com as quedas que
se alcança a vitória. É tentando que se consegue. É tudo ou nada. É andar por
uma corda bamba. Mas não há funâmbulo que nunca tenha caído para depois tentar
novamente até conseguir.
Eu sou como um funâmbulo, se eu
não tentar eu nunca vou conseguir.
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