quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Fiz-me poeta

Fiz-me poeta

De olhos fechados consigo sentir,
Da melhor maneira possível.
O inexplicável ou sem sentido,
À flor da pele, explosivo!

"Poetas não amam, ou não sabem fazê-lo".
Bobagem, amar não segue um protocolo.
Olhe bem, até mesmo um bêbado
Sabe pedir ou oferecer o seu colo.

Há tantas coisas e tantos caminhos,
Mas é tão difícil encontrar um só lugar...
É como um estranho em busca do seu ninho,
Escondendo a dor de seu breve respirar.

Não sei de tudo, e nem hei de saber.
Não quero ser a dona da verdade.
Isso nem existe, mas pode parecer.
Eu só ando em busca de liberdade.

As palavras gritam em meu caderno,
E giram em minha mente, desconexas.
O que elas dizem torna-se eterno,
Mostrando-se ou não complexas.

Procuro, procuro, mas procuro em círculos.
A confusão me enche e me afeta.
Parecem beber veneno líquido,
Enquanto me escutam dizer: fiz-me poeta.

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