quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Platéia

Platéia

A dor entorpece o ser,
Nada dura para sempre.
Ai, que pobre homem!, vê?
Sequer consegue seguir em frente.

"É o fim", repete para si mesmo.
Ao seu redor ninguém escuta.
Resta escrever, quem sabe um texto,
Mostrando a morte como uma solução não-estúpida.

Os motivos são íntimos, pessoais,
Mas quer mostrar que está sofrendo.
O que é isso? Anseia por paz?
É por isso que o vejo correndo?

Não adianta tentar chamar atenção,
Veja, fecharam-se as cortinas, que dó!
A dor compartilhada não foi não.
Pois era platéia composta de um homem só.

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